Vida Bem-Sucedida
VIDA BEM-SUCEDIDA - Sucesso do ALTO - Deuteronômio 34:7; João 21:18
Introdução
A vida é um presente valioso, conforme revelado na Palavra de Deus. Imagine o leque de possibilidades que o mundo nos oferece. Por outro lado, pense no propósito de Deus para cada ser humano.

Que tipo de sucesso você sonha?
O que significa uma vida bem-sucedida na perspectiva de Deus?
1. Duas Histórias Intrigantes
A história de dois homens leais a Deus até o fim, porém, com velhice e morte distintas nos ajudarão a entender essa questão.
- João 21:18 - Em verdade, em verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá, e te levará para onde tu não queres.
- Dt 34:7 - Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor.
1.1 Vamos analisar João 21:18, em primeiro lugar:
Essa passagem do Evangelho de João, capítulo 21, versículo 18, é uma das últimas conversas de Jesus ressuscitado com o apóstolo Pedro. Nessa passagem, Jesus está profetizando sobre o futuro de Pedro, especificamente sobre o período de sua velhice.
A passagem, em geral, é interpretada como uma previsão da morte de Pedro. Jesus está dizendo que, ao contrário da juventude, quando Pedro era livre para fazer o que queria, na velhice ele estenderia as mãos (um gesto que pode indicar crucificação) e seria levado para um lugar onde não queria ir, sugerindo que ele sofreria uma morte violenta, possivelmente por crucificação.
Essa profecia se refere ao fato de que, de acordo com a tradição cristã, Pedro foi crucificado em Roma durante o reinado do imperador Nero, no ano 54 a 68 d.C. A crucificação de Pedro é mencionada por vários Pais da Igreja, incluindo Clemente de Roma e Irineu de Lião.
João 21:18 também destaca a mudança que ocorre na vida de uma pessoa ao envelhecer. Quando jovem, Pedro tinha mais liberdade e autonomia, mas com o passar do tempo, ele enfrentaria desafios e sofrimentos que o levariam a uma maior dependência de Deus.
Em resumo, a passagem de João 21:18 é uma profecia específica sobre a morte de Pedro e uma reflexão genérica sobre a mudança que ocorre na vida de uma pessoa ao envelhecer, destacando a importância da fé e da confiança em Deus em face dos desafios e sofrimentos.
1.2 Agora vamos analisar Deuteronômio 34:7 –
Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor.
Moisés teve sua "timeline" marcada por três etapas distintas: 40 anos no Egito, 40 anos no deserto de Midiã e 40 anos no deserto. O vigor acompanhou a sua velhice e a sua morte foi natural.
Como entender a velhice de um servo de Deus à luz de João 21:18 e de Deuteronômio 34:7?
1.3 Condições Diferentes
Cada pessoa é única e tem seu próprio propósito dentro do plano de Deus. Esses dois exemplos mostram que a velhice e a morte de um servo de Deus podem seguir caminhos diferentes. Moisés viveu uma vida longa e plena, servindo a Deus até o fim de seus dias, e sua morte foi descrita como uma transição pacífica. Já Pedro, como profetizado por Jesus, sofreu uma morte mais difícil.
1.4 Cada Pessoa é Única - Não existe um Padrão
Isso nos leva a entender que não há um padrão único para a velhice e a morte de um servo de Deus. A Bíblia nos mostra que a vida de cada pessoa é única e que Deus tem um plano específico para cada uma delas.
Além disso, é importante notar que a condição de um servo de Deus não é necessariamente definida pela sua longevidade, mas sim pela sua fidelidade e obediência a Deus. Muitos servos de Deus na Bíblia viveram vidas longas e plenas, enquanto outros tiveram vidas mais curtas, mas igualmente significativas.(+) João, Ana, Zcriaas e Isabel; (-) João batista, Estevão, Tiago, o maior.
Conclusão
Em resumo, a velhice de um servo de Deus é um período de vida que pode ser marcado por diferentes experiências e desafios. À luz de João 21:18 e Deuteronômio 34:7, podemos entender que não há um padrão único para a velhice e a morte daqueles que servem a Deus. O que se observa é que cada vida é uma história especial dentro do plano de Deus.
O que aprendemos é que:
- Uns são honrados pela fé e outros honram a fé.
Sendo assim, o sucesso do alto é viver em conformidade com a vontade de Deus. Cada um deve viver os seus dias em plena conformidade com o Plano de Deus, buscando discernir os Seus propósitos, investindo esforços para fazer a Sua vontade.
2. A Promessa Divina & A Responsabilidade Humana
Deus prometeu libertar o seu povo do Egito e levá-lo à Terra prometida.
De Gósen (Egito) a Jericó (Canaã)
Distância: 240-250 km - Velocidade média: 20-25 km/dia
Tempo de viagem: 240-250 km / 20-25 km/dia ≈ 10-12,5 dias
2.1 A Desobediência e o Caminho Errado!
Os israelitas levaram 40 anos para chegar à terra prometida, em vez de apenas 10-12 dias. A demora de 40 anos foi resultado da desobediência, da incredulidade e da falta de confiança dos israelitas em Deus. Eles se deixaram levar pelo medo, pela queixa e pela rebelião, o que os fez dar voltas e mais voltas no deserto, em vez de avançar em direção à promessa.
Essa história nos ensina que:
- A desobediência e a incredulidade podem atrasar a realização dos planos de Deus em nossas vidas.
- A falta de confiança em Deus pode levar a um caminho mais longo e difícil.
- A obediência e a confiança em Deus são fundamentais para alcançar a promessa e realizar o propósito divino.
2.2 O Plano de Deus e a Participação Humana
No plano de Deus há questões fechadas e abertas:
A soberania divina estabelece questões imutáveis. Contudo, Deus, em Sua graça, concede ao homem a participação ativa em questões abertas, onde a ação humana coopera com o Seu eterno propósito.
Deus nos criou com livre-arbítrio e nos deu a capacidade de escolher entre obedecer ou desobedecer.
- A submissão e obediência à vontade de Deus são fundamentais para que possamos caminhar em sincronia com o Seu plano e experimentar a plenitude da vida que Ele tem para nós.
- Por outro lado, a falta de engajamento ou a desobediência podem dificultar o processo, mas, nunca frustram o plano de Deus. Deus é soberano e Seu plano é infalível. Ele pode usar até mesmo a nossa desobediência para cumprir Seu propósito, como vemos na história dos israelitas no deserto.
No caso dos israelitas, a desobediência e a incredulidade da maioria deles resultaram na morte no deserto, e apenas Josué e Calebe, que foram crentes fiéis, entraram na terra prometida. No entanto, Deus ainda cumpriu Sua promessa, mas de uma maneira singular. Ele cumpriu a promessa no remanescente fiel (Josué e Calebe) e na nova geração que surgiu durante os quarenta anos de peregrinação, demonstrando sua justiça e fidelidade.
Isso nos mostra que a nossa escolha pode influenciar o caminho que percorremos e as consequências que enfrentamos.
Conclusão
Que lição importante para nós! Devemos ser cuidadosos em entender que a desobediência e a incredulidade podem ter consequências graves, mas também que a fidelidade e a obediência abrem caminhos para experimentarmos a plenitude da vida que Deus idealizou para nós.
Esta dualidade nos ensina a importância de uma conduta alinhada com os princípios espirituais para uma existência realizada e significativa.
O sucesso na perspectiva divina em nada se assemelha à lógica humana. , o sucesso do alto é viver em conformidade com a vontade de Deus, buscando discernir os Seus propósitos, investindo esforços para fazer a Sua vontade.
3. Vida Bem-Sucedida
Vejamos três recomendações bíblicas sobre o uso consciente dos recursos que Deus nos confiou para uma vida bem-sucedida, mais coerente e alinhada com o propósito divino.
- Não Desperdiçar a Vida - Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus. Efésios 5:15-16.
- Dar o seu melhor - E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. Colossenses 3:23-24.
- Ser fiel até a morte - Apocalipse 2:10 - Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. 2 Timóteo 4:7 - Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
Conclusão: O Código da Vida Bem-Sucedida
Diante das lições extraídas das narrativas de Pedro e Moisés, da jornada dos israelitas e das exortações apostólicas, fica claro que o código para uma vida bem-sucedida na perspectiva divina não é um manual de resultados externos, mas um chamado a uma postura interna de fidelidade.
Uma vida bem-sucedida, portanto, não é medida pela longevidade ou por uma morte tranquila, como a de Moisés, nem é invalidada por um fim difícil, como o de Pedro. Tampouco é definida pela ausência de desvios ou pela velocidade com que chegamos à nossa "Terra Prometida". A verdadeira medida do sucesso, debaixo do sol e sob a soberania de Deus, reside em como caminhamos com Aquele que dá sentido à jornada.
A vida bem-sucedida é:
- Uma vida remida: Que não a desperdiça, mas administra com sabedoria cada momento, "remindo o tempo" como um tesouro concedido por Deus (Efésios 5:15-16).
- Uma vida dedicada: Que faz de todas as coisas, das mais simples às mais complexas, um ato de culto, realizando-as "de todo o coração, como ao Senhor" (Colossenses 3:23-24).
- Uma vida fiel: Que persiste no propósito, "combate o bom combate, acaba a carreira e guarda a fé" (2 Timóteo 4:7), confiando que a "coroa da vida" (Apocalipse 2:10) é a consumação da promessa divina para quem permanece n'Ele.
Em última análise, o sucesso do alto é decifrado pela submissão do homem à vontade de Deus. É entender que, diante de Sua soberania – que estabelece os limites imutáveis –, nossa responsabilidade é caminhar em obediente confiança dentro do espaço que nos é concedido para cooperar com Seu eterno propósito. Uns, como Moisés, honram a Deus com uma vida longa; outros, como Pedro, honram a Deus com uma morte que testemunha a fé. O sucesso não está no desfecho, mas na fidelidade que os une.
Assim, uma vida verdadeiramente bem-sucedida é aquela que, independente das circunstâncias, ouve o eco do "bem está, servo bom e fiel" (Mateus 25:21). É uma vida que, tendo vivido debaixo do sol com os olhos fixos no Sol da Justiça (Malaquias 4:2), encontra seu significado mais profundo não no que conquistou, mas em Deus, a quem serviu fielmente até o fim.
Pense nisso e que Deus nos abençoe, rica e abundantemente, Amém!