O Retorno Segundo Deus

28/03/2022

Vivemos tempos difíceis. O mundo inteiro está debaixo de bombardeios de armas diferentes, que disparam situações conflitantes e não bombas. A nossa civilização sofreu uma mudança profunda nos últimos anos e como resultado nunca esteve tão confusa. Convivemos com uma geração "trans" (transgênicos, transexuais, transhumanismo, etc.), onde predomina a desconstrução dos valores judaico-cristãos e o estabelecimento de uma chamada "Nova Ordem Mundial".

A Ciência e a Tecnologia desenvolveram-se de forma espantosa - Daniel 12:4. Fala-se de uma Quarta Revolução Industrial, diferente das anteriores pela razão primaz de que esta, ao contrário das outras, acontece dentro do homem e não fora dele: inteligência artificial, terapias genéticas, cyborgs e o transhumanismo.
1-Qual a postura da igreja? O que fazer? - A vivência cristã à luz das Escrituras Sagradas tem nos conscientizado de que "diante de dilemas complexos e atípicos" não podemos ser reativos e nem precipitados na apresentação de soluções. A melhor decisão na turbulência é aquela obtida em súplicas, sustentada pela fé, expandida pela paciência, até que a revelação divina nos conceda a sabedoria do Alto para cada um agir de acordo com o propósito divino (Pv 19:2).
Amados irmãos, não ficamos acomodados durante o tempo de pandemia. Aproveitamos para orar, estudar e refletir, sempre buscando discernir a vontade do SENHOR. Chegamos a uma conclusão:
Se a igreja não fizer uma autoanálise profunda para avaliar a sua retomada ministerial, continuará desacreditada pela sociedade diante de sua postura omissa e/ou irrelevante durante a fase pandêmica. Retornar aos trabalhos eclesiásticos sem credibilidade diante dos homens e sem direção do Alto é como caminhar em círculos, fora do centro da vontade de Deus.
Avaliemos os principais fatos e tenhamos "espírito de sabedoria e de discernimento" para sermos redirecionados pelo SENHOR a recomeço ministerial.
Reflexão 1
Ao lançarmos um olhar inquiridor sobre este momento histórico, somos feridos por um grotesco paradoxo. De um lado, avanços tremendos na ciência e na tecnologia; de outro, uma avassaladora percepção da degradação espiritual dos seres humanos, da vertiginosa queda moral, da inversão de valores e do desamor.
No curso dessa transição global muitos estão perdendo o bom senso, a lucidez, a direção, a missão, o propósito, a vergonha, a ética, a moral, o respeito, o temor, a responsabilidade, a honestidade, a misericórdia, a gentileza, as boas obras, a devoção, o zelo, a fidelidade, a santidade, a espiritualidade e a fé, entre outras virtudes e valores próprios de um "ser" que deveria expressar a imagem de seu Criador, mas, ao contrário, preferiu abraçar o engodo, sendo completamente seduzido pela falácia da "operação do erro" (2 Ts 2:9) anunciada pelos poderosos deste século. Amoldada à mentalidade deste século, enganada ou apaixonada de livre consciência, esta geração afastou-se da Luz, seguindo a vida na escuridão de um mundo tenebroso sem a mínima percepção de que caminha para as trevas eternas.
O Novo Normal e a Velha Mentira -
Depois de um período pandêmico opressor, de pânico induzido, de decretos e procedimentos arbitrários e insanos, a sociedade clama pelo retorno à normalidade. Mas, o que poucos sabem é que até isso foi previamente planejado pelos donos do mundo. Há uma proposta de um "novo normal", diferente da vida de outrora e em total conformidade com a agenda cabalística dos maestros da Nova Ordem Mundial.
Queremos alertar a todos sobre o "poder influenciador do sistema operante em que vivemos sobre nossas mentes e estilos de vida" no contexto do "novo normal". Há um plano diabólico no sentido de secularizar a mente dos cristãos e de não fazer convergir nossa vida em Cristo e sim na obediência total e irrestrita ao Estado.
Todos esforços do sistema operante estão voltados para redirecionar a humanidade ao "novo normal" estabelecido por eles, um mundo totalmente preparado para um governo mundial, com novas leis e regras de vida anti-Deus.O nosso modo de pensar, de sentir e de agir tende a acompanhar a influência do mundo em que vivemos. As mudanças serão grandes e rápidas. Essa acomodação à cultura dessa geração cresce a tal ponto de, gradativamente e despercebidamente, sermos moldados no pensamento e no estilo de vida impostos pelo poder dominante, tornando-nos cidadãos planetários, secularizados, apáticos, indiferentes e vazios de Deus.
⦁ Pensar como o mundo pensa é o primeiro passo para agir como o mundo age. (veja Rm 12:2).
O Nosso Primeiro Desafio
O desafio inicial é não permitirmos que as nossas mentes sejam seduzidas pela cultura do mundo, pela influência ou opressão do sistema, mas que cuidemos em ultrapassar a proposta decadente deste século e que busquemos nas Escrituras Sagradas uma mente Cristocêntrica que possa, à luz do Espírito Santo, conduzir-nos ao centro da vontade de Deus.
Primeiro é preciso olhar ao nosso redor e discernir os fatos, para entender a nossa era e a geração à qual ministramos. Em seguida, temos que apresentar soluções bíblicas à maior crise existencial da humanidade. Mas...
Como uma igreja acuada, medrosa, indiferente e silenciosa poderá resistir as trevas e apresentar uma proposta capaz de impactar a sociedade e causar um "despertamento global" para Deus e o Seu reino?
Que credenciais do Reino de Deus podemos apresentar ao mundo se estamos semelhantes a ele? O que temos para dar àquele que está em trevas se o óleo de nossas lâmpadas acabou ou está no fim?
1-Como reagimos a essas perguntas?
Algo precisa mudar em nosso comportamento? Alguma coisa deveria mudar em nossa escala de valores, de propósitos e de prioridades?
2-Como você se autoanalisa para enfrentar essa situação? Como pretende recomeçar?
"Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos" (2 Co 13.5).
A Igreja Precisa de Uma Nova Orientação de Deus
Indignado com a adoração ao bezerro de ouro, Moisés, ao descer do monte Sinai, lançou ao chão e quebrou as primeiras tábuas de pedra, nas quais estavam escritos os Dez Mandamentos (Êx 32.19). Porém o povo não podia ficar sem a Lei do SENHOR. Então, Deus ordenou que Moisés subisse outra vez ao monte com duas novas placas, para que a Lei do SENHOR fosse reescrita. (Dt 10.1-5).
O povo de Deus na nova aliança também precisa de uma nova orientação divina. A história cristã demonstra que a igreja sempre precisou de redirecionamentos e de reformas, em intervalos mais frequentes do que se pode imaginar.
3-Como a igreja pode recomeçar suas atividades e atender aos desafios da atualidade?
A Bíblia dá a resposta: O retorno deve acontecer segundo a vontade do SENHOR e isto começa com o arrependimento, genuíno e profundo, o que caracteriza "retorno ao SENHOR" em primeiro lugar. Antes de retornar ao campo de trabalho, a igreja deve voltar ao SENHOR da Seara.
O SENHOR advertiu a Israel e a Judá por intermédio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai-vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, segundo toda a Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermédio dos meus servos, os profetas. 2 Rs 17:13.
Saiba que, pior do que o pecado é seguir a vida com o pecado, sem tratá-lo do modo bíblico. Não há projetos, estratégias técnicas ou táticas para um recomeço à parte do arrependimento genuíno e profundo. Este é o conserto inicial e o redirecionamento que cada um de nós precisa neste momento. É necessário e urgente.
A visão certa para o que há de vir, a motivação em fazer e o poder para conquistar virão do SENHOR quando nos voltarmos a Ele vestidos de pano de saco e cobertos de cinza.
Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. (2 Cr 7:14).Assim como não aceitamos o "novo normal" do sistema operante, saiba que o ETERNO Deus não aceita o retorno da igreja ao nosso modo. Tem que haver arrependimento genuíno e profundo.
Não se trata de um recomeço nos moldes da NWO e nem um retorno ao nosso reino particular, aos nossos sonhos e projetos em detrimento do Reino de Deus. É preciso dar continuidade ao ministério começando pelo arrependimento.
Depois disso, cada um de nós precisa retornar ao caminho da vocação ministerial, do chamado divino, trabalhando e cooperando com os demais irmãos na Seara de Deus, como Corpo de Cristo. E para que isso aconteça da forma certa precisamos de uma Unidade de Propósitos. Sim, placas sinalizadoras que possam me orientar e me direcionar com a certeza de que não estou sozinho, mas apoiado e fortalecido por um grupo que pensa, sente e age de forma semelhante a mim, sob o Senhorio de Jesus Cristo.
1 Co 1.10 - "que digais todos a mesma coisa, e que não haja entre vós divisões, para que sejais unidos no mesmo sentido e no mesmo parecer".
Ação 1:
Cremos que uma "declaração de propósitos" se faz necessário para que a igreja entenda corretamente a sua missão neste recomeço.
A Comunidade de Nova Vida existe para conhecer a Deus em profundidade e fazê-Lo conhecido à humanidade através de CINCO propósitos ministeriais/missionários: (1)adoração, (2)evangelização, (3) discipulado, (4) comunhão e (5) serviço cristão.
As pessoas devem ser ¹alcançadas com o Evangelho, ²pastoreadas na comunhão dos santos, ³treinadas no discipulado, (4)enviadas à missão ministerial, (5)glorificando a Deus em todo processo.
Ação 2:
Estabelecida uma Declaração de Propósitos, podemos iniciar a parte prática convergindo todas atividades da igreja a uma Unidade de Propósitos:
1. Desenvolvendo programas/atividades a serviço dos 5 Propósitos Ministeriais.
2. Formando pequenos grupos com propósitos. Grupos de foco ministerial: na adoração, na evangelização, no discipulado, na comunhão e no serviço cristão.
3. Criando trabalho para todos. Todos trabalhando. Procurando colocar as pessoas certas, nos lugares certos, pelas razões certas.
4. Orando e empenhando esforços para transformar o não cristão em discípulo de Cristo e transformar o discípulo em obreiro/missionário com um ministério relevante.
5. Celebrando e glorificando a Deus em todo processo. Avaliando os resultados, fazendo acertos. Recomeçando sempre no centro da vontade de Deus.

Conclusão
É certo que essa proposta representa apenas o esboço de uma nova etapa no retorno ministerial de nossa congregação.
Lembre-se: Se aqui estamos é porque Deus nos permitiu fazer parte deste momento histórico como protagonistas e não como espectadores. Algo precisa ser feito e nós fomos escolhidos para completar a missão. Saiamos da plateia, voltemo-nos ao SENHOR, cheguemos diante do ETERNO e digamos: Eis-me aqui! Envia-me a mim!
Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim. (Is 6:8).
Pense nisso e que Deus nos abençoe rica e abundantemente. Amém!