O Amor Eterno de Deus

21/02/2022


Os versos 8 e 16 de 1 João 4 proclamam: "Deus é amor". O amor divino é eterno porque Ele é eterno; Deus também não muda, então, Ele sempre foi amor e sempre será amor. O amor incondicional, doador de si mesmo e centrado no outro é a essência da natureza de Deus. Outros atributos de Deus - Perdão, misericórdia e bondade - são expressões variadas de Seu amor, assim como o ciúme e a ira. Deus tem ciúmes de nós porque sabe do risco que corremos quando o nosso coração é conquistado pelo mundo ou pelo diabo. A ira de Deus é derramada sobre o pecado porque o pecado afasta e destrói as pessoas que Ele ama.

De longe o Senhor me apareceu, dizendo: Pois que com amor eterno te amei, também com benignidade te atraí. Jr 31:3. 

Deus nos ama - Romanos 5:8; João 15:13; Romanos 8:38-39.

Porque "Deus é amor", Ele compartilha a Si mesmo. O amor precisa ser expresso. Deus criou os seres humanos à Sua imagem - para que pudéssemos conhecê-Lo de modo relacional, desfrutando de uma comunhão de amor, com Ele e uns com os outros.

Todos os seres humanos têm uma necessidade dada por Deus de manter relacionamentos fraternais, bondosos, atenciosos e afetivos. É como se tivéssemos nascido com um "espaço" em nosso coração que só pode ser preenchido com o amor de Deus. Fomos feitos para ser amados e para expressar esse amor.

No entanto, o que o mundo chama de "amor" contamina o real sentido e a nossa compreensão do amor de Deus.

O amor de Deus é diferente, incondicional, eterno e transformador. Deus valoriza você, não pelo que você faz ou deixa de fazer. O amor dele não é baseado em seus méritos. A Bíblia diz em João 3:16 que nos amou de tal maneira que nos deu o Seu Filho Unigênito (Jesus). Nenhum pecado, passado, presente ou futuro, pode impedir Deus de nos amar. Romanos 5:8 diz: "Deus demonstra o seu próprio amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores". Deus não nos ama porque somos bons; Ele nos ama porque o amor dele não depende de nós; é um amor eterno e transformador inerente à natureza divina.

Deus conhece a nossa vida melhor do que nós mesmos. Todos os nossos pontos fortes e fracos, todas as nossas vitórias e pecados são conhecidos por Ele. Mesmo sabendo de todas as nossas fraquezas Deus cuida de nós nas profundezas do nosso ser. O SENHOR valoriza-nos e nos ama como filhos.

Deus provou Seu amor ao nos dar Seu filho que morreu por nós. Jesus disse: "Ninguém tem maior amor do que este, do que dar alguém a vida pelos seus amigos" (João 15:13). Então Ele foi para a cruz.

Em Romanos 8:35, Paulo faz uma pergunta: "Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?" Então, em Romanos 8:38-39, Paulo responde à sua própria pergunta com ousada clareza: "Estou certo de que nem morte nem vida, nem anjos, nem principados, nem potestades, nem coisas presentes nem futuras, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa criada, poderá separar-nos do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor".

Nada - absolutamente nada - pode nos separar do amor de Deus. Nada, exceto a nossa não correspondência. Certamente Deus nos ama, mas não vai forçar-nos a corresponder esse imensurável amor. Na verdade, o amor só pode ser dado e recebido por escolha. Você e eu temos a liberdade de escolha.

Deus quer que conheçamos e creiamos em Seu amor João 17:23, 26; Efésios 3:14-19.

Deus anseia que recebamos o Seu amor eterno e transformador e o repassemos uns aos outros; foi assim que Ele planejou que vivêssemos a vida abundante.

O amor, por definição, só pode ser aceito de boa vontade; é uma escolha livre. Pense na sua própria vida. Se você realmente ama alguém, você quer que essa pessoa receba o seu amor e que haja uma correspondência afetiva. No entanto, você não pode obrigar uma pessoa a lhe amar. De modo semelhante Deus não vai forçar ninguém a amá-Lo.

Deus quer que recebamos o Seu amor. (João 17:23, 26).

Paulo ecoou esse desejo quando orou para que os efésios conhecessem a imensidão do amor de Deus. "Por esta razão me ponho de joelhos ao Pai de nosso Senhor Jesus Cristo... para que, estando arraigados e fundados em amor, possais compreender com todos os santos qual é a largura e o comprimento e a profundidade e a altura - para conhecer o amor de Cristo que excede todo o conhecimento" (Efésios 3:14-19)

Jesus nos dá o amor pelo qual amamos os outros- João 13:34; 1 João 4:19.

Um fariseu veio a Jesus com uma pergunta: "Mestre, qual é o maior mandamento da lei?" E Jesus respondeu: 'Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento'. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é assim: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo'. "Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mateus 22:36-40). A Antiga Aliança ordenava que Israel amasse a Deus e ao próximo, mas as pessoas não eram capazes de obedecer a esses dois mandamentos. A lei não podia fazer as pessoas amarem. Exigir amor de alguém não faz com que essa pessoa ame você.

Seguir regras e regulamentos pode produzir uma religiosa externa, mas não a obediência espontânea.

A Lei mostrou que em nossa própria força somos incapazes de viver a vida como Deus quer. O pecado, conforme destacado pela Lei, preparou o cenário para Deus demonstrar Seu amor sacrificial por nós.

Jesus, o Filho de Deus perfeito e imaculado, veio à Terra como homem para realizar o que nós não podíamos. Jesus, como um homem sem pecado, tomou o lugar da morte que merecíamos e morreu na cruz em nosso lugar. Ao fazê-lo, Jesus estabeleceu a Nova Aliança - na qual Deus cumpriu tanto o nosso lado quanto o Seu lado do acordo. A Nova Aliança não é baseada na obediência falha do homem; ela é fundamentada na vontade de Deus e no Seu amor eterno e transformador.

Na noite da última ceia, logo depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus disse: "Novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei, também vos ameis uns aos outros" (João 13:34).

A Nova Aliança é baseada no amor de Deus por nós - não em nosso amor autogerado por Deus ou pelo próximo. Na Nova Aliança, Deus nos oferece um novo coração para que possamos viver - não pelo esforço em obedecer a regras - mas por meio de um relacionamento de amor com Ele.

Na Nova Aliança, Deus é a fonte do amor. "Nós o amamos porque ele nos amou primeiro" (1 João 4:19). Amamos os outros com o amor que Jesus nos deu primeiro.

Nós nos rendemos e deixamos o amor de Deus nos transformar e nos definir- Gálatas 2:20; 1 João 4:16-17; 1 Coríntios 13:1-3; João 13:35.

O amor de Deus não é algo que Ele compartilha separado de Si mesmo. Deus é amor. Conhecemos o amor conhecendo Deus. O amor habita o nosso coração quando Jesus Cristo governa o nosso coração. À medida que nos rendemos a Deus e estreitamos a nossa comunhão, a natureza de Jesus - Sua vida de amor - torna-se nossa.

A vida abundante não é melhorar a velha vida; trata-se de substituí-la pela natureza de Jesus. O Senhor Jesus provê para nós o Seu amor eterno e transformador para amarmos a Deus e uns aos outros. Nós nos apegamos a essa provisão ao nos apegarmos a Jesus - deixando que Ele governe nossas vidas. Morremos para nós mesmos e deixamos Cristo viver Sua vida de amor em nós.

Paulo escreve sobre sua própria vida: "Já estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim" (Gálatas 2:20).

Pela fé entregamos nossas vidas a Cristo e deixamos Jesus viver com a sua natureza de amor em nós e através de nós. Deste modo, a vida que vivemos não é nossa; é de Cristo.

Agora podemos obedecer a Lei de Deus, não por causa de esforços de auto-aperfeiçoamento, mas por que Cristo vive em nós. A lei de Deus é cumprida em Cristo que habita em nós (Rm 10:4).

Nossa vida transformada assemelha-se com a vida de Jesus. Ele é o exemplo de como fomos planejados para viver. Jesus disse: "...Não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que me enviou" (João 5:30). "As palavras que vos digo não as falo por minha própria autoridade; mas o Pai que habita em mim faz as obras" (João 14:10). "Quem me vê a mim vê o Pai" (João 14:9). O mundo viu o amor de Deus em Jesus porque em todas as coisas o Filho Unigênito entregou Sua vontade ao Pai. Da mesma forma, Deus planejou que, através de nós, crentes em Jesus Cristo, a humanidade possa ver o amor do Pai Celeste nesta terra.

Devemos irradiar o amor do Pai assim como Jesus fez. 1 João 4:16-17 diz: "E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. O amor foi aperfeiçoado entre nós... porque como Ele é, nós também somos neste mundo".

João 13:35 diz: "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros".

Permanecemos no amor de Deus e deixamos que Ele viva Sua vida através de nós- João 7:38; Gálatas 5:22; João 15:5, 9.

Jesus Cristo vive em nós. Desta forma, o amor de Deus flui através de nós levando vida ao próximo.

"Aquele que crê em mim, como diz a Escritura, do seu coração fluirão rios de água viva" (João 7:38).

Gálatas 5:22 nos diz: "O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio". O fruto do Espírito é o amor de Deus em todas as suas variadas expressões: alegria que transborda, paz que acalma e conforta, longanimidade que perdura, bondade em ação... Essas qualidades são produzidas pelo Espírito Santo que vive em nós e se expressa através de nós. O Espírito em nós produz o fruto, não "O fruto de uma vida autodisciplinada, não "O fruto de nosso trabalho árduo e vida obediente à lei é...", mas "O fruto do Espírito..."

À medida que permanecemos no amor de Deus, o fruto vem naturalmente. Jesus disse: "Eu sou a videira, vocês são os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" (João 15:5).

"Assim como o Pai me amou, eu também amei vocês; permanecei no Meu amor" (João 15:9).

Somos ramos da Videira que carregam a natureza de Deus. As boas obras que fazemos, fluem através de nós em perfeita conexão com a Videira.

Quando amamos a Deus, amamos o próximo- Mateus 25:40; João 21:15-17.

Deus tem uma maneira especial pela qual gosta de ser amado. É do agrado de Deus ver Seus filhos expressando o amor de Cristo às outras pessoas.

Três vezes Jesus perguntou a Pedro: "Simão, filho de Jonas, você me ama?" (João 21: 15, 16 e 17). E cada vez, depois que Pedro respondeu: "Sim", Jesus respondeu: "Apascenta os meus cordeiros" (João 21:15), "Cuide das minhas ovelhas" (João 21:16), "Apascenta as minhas ovelhas" (João 21:17). Deus quer que demonstremos o nosso amor por Ele, amando as Suas ovelhas-Seus filhos.

Conclusão

Deus é amor e Ele nos criou à Sua imagem para termos a Sua natureza e para compartilharmos o Seu amor eterno e transformador.

Quando amamos o próximo, estamos provando que temos o amor de Deus. Em termos práticos, o amor de Deus encontra expressão e realização através de seus filhos. Portanto, ame a Deus de todo coração e permita que Ele possa expressar o Seu amor eterno e transformador através de você.

Portanto... Levante-se, brilhe; Pois sua luz chegou! E a glória do SENHOR nasce sobre ti (Isaías 60:1, NVI).

Pense nisso e que Deus nos abençoe rica e abundantemente. Amém!