Moloque, Ontem e Hoje

14/02/2021

Introdução

Em 12/02/2021 chineses e outros povos asiáticos comemoraram a chegada do ano 4719 pelo seu calendário. Para eles este é o ano do Boi de Metal.

Diante de tanta publicidade sobre este assunto, notadamente nas redes sociais, percebi o endosso dos maestros da Nova Ordem Mundial ao Ano do Boi de Metal em uma subliminar referência ao culto a Moloque.

Quem é Moloque?

De acordo com os historiadores, por volta de 1 900 a.C., os povos amonitas, uma etnia de Canaã, adoravam uma deidade pagã chamada Moloque (Moloc ou Moloch) - (1Rs 11:5, 7, 33; At 7:43; compare isso com Am 5:26). Mas, a adoração a Moloque não se limitava à Canaã. No norte da África, Moloque foi rebatizado de "Kronos", que migrou para Cartagena, na Grécia, e sua mitologia cresceu para tornar-se um titã e pai de Zeus.

A aparência da imagem de Moloque era de corpo humano com a cabeça de boi, e no seu ventre havia uma cavidade em que o fogo era aceso para consumar sacrifícios.

Acredita-se que a palavra Moloque tenha a sua origem no termo mlk fenício, que se refere a um tipo de sacrifício feito para confirmar ou absolver um voto. Era comum para os israelitas combinarem o nome de deuses pagãos com as vogais da palavra hebraica "bosheth" (vergonha). Foi assim que a deusa da fertilidade e da guerra, Astarte, tornou-se Ashtoreth. A combinação de mlk e bosheth resultou na palavra "Moloque", que poderia ser interpretado como "o governante de um sacrifício vergonhoso".

Antes dos israelitas terem entrado em Canaã, Deus advertiu-os a não participarem do culto a Moloque (Levítico 18:21) e repetidamente Deus disse a Israel para destruir as culturas que adoravam aquele falso deus.

Devido à proximidade de Israel com nações pagãs, o culto a outros deuses sempre foi um perigo que rondava aqueles que tinham uma fé enfraquecida. Infelizmente, os israelitas não deram ouvidos às advertências de Deus. Em vez disso, eles incorporaram a adoração a Moloque em suas próprias tradições.

A lei de Moisés prescrevia a pena de morte para aquele que entregasse seu descendente a Moloque. (Lv 20:2-5). Mesmo assim, o culto a Moloque adentrou as práticas de muitos israelitas, tanto no reino de Judá como no reino das dez tribos, os quais fizeram seus filhos passar pelo fogo em sacrifício a Moloque. - 2Rs 17:17, 18; Ez 23:4, 36-39.

Sacrifícios de Crianças a Moloque

A lei de Moisés prescrevia a pena de morte para aquele que entregasse seu descendente a Moloque. (Lv 20:2-5).

O 'passar pelo fogo' era um sacrifício real, onde crianças eram dedicadas a Moloque. Alguns estudiosos da Bíblia são a favor do conceito de que a expressão "passar pelo fogo" se aplicava originalmente a um rito de purificação, e posteriormente passou a significar o próprio sacrifício. Seja como for, não pode haver dúvida de que os cananeus e os israelitas apóstatas realmente sacrificavam seus filhos - (Sl 106:37, 38).

O Rei Acaz, do reino de Judá, "passou a queimar seus filhos no fogo". (2Cr 28:3; 2 Reis 16:3).

Nos rituais de adoração havia prostituição e sacrifício de crianças. A imagem de metal de Moloque era aquecida até ficar da cor de brasa; as crianças eram lançadas nos braços estendidos de Moloque, caindo assim na fornalha ardente embaixo. Diz-se que, ocasionalmente, as crianças eram primeiro mortas, em vez de serem queimadas vivas. - Ez 16:20, 21.

(Fonte secular: Cronos ou Moloque cartaginês, fornecida pelo historiador grego Diodoro da Sicília, do primeiro século AEC. - Diodorus of Sicily (Diodoro da Sicília), XX, 14, 4-6.

Moloque e o Aborto

Estimados irmãos, os tempos são outros, mas o sacrifício a Moloque continua. A ligação entre o culto a Moloque e a prática do aborto tem sido feita ao longo da história cristã. Satanás vê os sacrifícios humanos como algo muito valioso; quanto mais jovem for a vítima, mais preciosa o diabo a considera. No Mundo das Trevas a morte de um bebê é o mais precioso de todos os sacrifícios humanos.

Em nossos dias, onde a cultura ocidental tem abandonado seu legado cristão, a prática do aborto é defendida como normal e até mesmo necessária na implementação de políticas públicas de saúde. A triste realidade é que nunca houve uma militância pró-aborto tão grande e forte como tem acontecido nos dias atuais. O trágico resultado foi o assassinato (aborto) de milhões de vidas inocentes.¹

  • ¹ - Os números do Worldometers - painel de estatísticas mundiais que apresenta números a partir de fontes oficiais, segundo estatísticas da OMS confirmadas pelo Instituto Guttmacher, entre 2015 e 2019 foram realizados em média 73,3 milhões de abortos não espontâneos POR ANO, ou seja, uma média de 6,10 milhões de abortos POR MÊS.

Fonte: https://pt.aleteia.org/2021/01/18/abortos-no-mundo-em-2021-ja-superam-mortes-por-covid-em-toda-a-pandemia/

As mulheres que praticam o aborto, não somente estão entregando suas sementes (seus filhos) a Moloque , mas, estão provocando a Ira de Deus. O juízo virá. Se não houver arrependimento profundo haverá juízo divino.

A Resistência e a Reforma do rei Josias

Nos dias do rei Josias houve uma pausa no culto a Moloque. Josias assumiu o trono de Judá no ano 640 a.C. com apenas 8 anos de idade. Ao contrário de seu avô (o rei Manassés - 2 Rs 21:6), Josias começou a buscar ao Deus verdadeiro com apenas 16 anos de idade; aos 20 iniciou uma grande reforma em Judá com o alvo expresso de fazer o seu povo voltar-se aos caminhos do SENHOR, deixando as práticas pagãs.


Naqueles dias o afastamento de Deus era evidente de muitas formas. Os israelitas praticavam o culto à deusa Astarote com orgias e a prática da prostituição cultual. Chegaram a acomodar prostitutos cultuais nas dependências do templo de Jerusalém! Tratavam com completo descaso a Lei de Moisés, ao ponto de sacrificarem seus próprios filhos a Moloque.

Dois reis de Israel, Acaz e Manassés, sacrificaram seus próprios filhos. Devido o ímpeto dado por esses dois reis ao sacrifício de crianças, essa prática parece ter ficado arraigada entre os israelitas em geral. (2Rs 16:3; 21:6; Jr 7:31; 19:4, 5; 32:35; Ez 20:26).

Havia, do lado de fora de Jerusalém uma pira num local chamado Tofete, no vale de Ben-Hinom, principal centro de adoração a Moloque em Judá, para que os israelitas fizessem seus filhos passar pelo fogo. (2Rs 23:10-13) .


O rei Josias, porém, não compactuava com essa abominação, ao contrário, ele compartilhava da ira de Deus contra essa prática demoníaca. O rei Josias destruiu todos os altares erguidos aos falsos deuses, depois destruiu a pira do vale de Ben-Hinom para "que ninguém mais pudesse usá-la para queimar seus filhos em sacrifício a Moloque" (2 Rs 23.10).

Apesar dos esforços de Josias, a adoração a Moloque não foi abolida até o cativeiro dos israelitas na Babilônia. Somente o tempo de exílio e de sofrimento conseguiu finalmente eliminar Israel de seus falsos deuses.

Quando os judeus retornaram à sua terra, eles consagraram-se a Deus, e o Vale de Hinom foi transformado em um lugar para queimar o lixo e os corpos dos criminosos executados.

Conclusão:

Não podemos, como igreja de Cristo, fechar os nossos olhos diante de tanta provocação que o mundo inteiro fez e continua fazendo: leis legalizando o aborto, cerimônias a Baal, Hórus, Moloque e outros deuses pagãos, provocando a ira de Deus.

Que a igreja arrependa-se de seu pecado de omissão e de seu silêncio diante do avanço do mal nestes dias de PLANdemia.

Somos a geração guardiã da verdade, da moral e da fé, em nosso tempo. Olhemos e aprendamos com o rei Josias. O rei Josias acreditava que grandes transformações são possíveis quando estamos no centro da vontade de Deus. Se um rei tão jovem foi capaz de transformar a cultura de um povo corrupto e pagão, pelo durante o tempo de seu reinado, por que nos julgamos incapazes de levantar a bandeira da fé, da justiça e da retidão? Por que não fazemos como ele? Será porque não somos reis ou rainhas? Acredito que não. Talvez seja simplesmente porque não temos compromisso para estar no centro da vontade de Deus.

Josias sabia o que Deus queria de seu povo, nós também sabemos o que Deus quer de sua igreja. A nossa sociedade está à beira da falência e precisa de um retorno a Deus. É verdade que esse gravíssimo problema é uma questão que envolve o Estado, a lei e as autoridades delegadas, todavia, por ser um problema de origem essencialmente espiritual, envolve muito mais a ação da igreja. Sim, afastar-se de Deus - ontem e hoje - foi e continua sendo o começo de todos os males, portanto, voltemo-nos para o SENHOR!

No final dos anos do rei Josias o narrador de 2 Crônicas declara: "E enquanto ele viveu, o povo não deixou de seguir o SENHOR, o Deus dos seus antepassados" (2 Cr 34.39, NVI).

Enquanto Josias viveu, o povo não deixou de segui o verdadeiro Deus. Que algo semelhante aconteça em nossa geração. Que a igreja se levante, saia da plateia e entre em cena para que, Deus em sua graça e misericórdia, perdoe o nosso pecado, retarde o juízo e nos conceda uma disciplina leve.

Pense nisso e que Deus nos abençoe rica e abundantemente. Amém!